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Tarifas americanas sobre aço brasileiro e desdobramentos; Leonardo Briganti pondera conduta dos EUA

12 de março, 2025

Apesar da tarifa dos Estados Unidos não gerar mudanças imediatas no mercado interno brasileiro, os produtores nacionais vão perder competitividade, disse Leonardo Briganti, especialista em Direito Tributário, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

“Se o consumidor americano está comprando aço brasileiro, esse produto vai custar no mínimo 25% mais caro para ser introduzido em território americano”, afirmou o advogado.

Nesta quarta-feira (12), entrou em vigor a tarifa de Donald Trump de 25% sobre aço e alumínio importado nos EUA. Leonardo comentou: “O governo americano está buscando regular e defender seu mercado interno dentro de um cenário macro geopolítico”.

Em relação à duração da tarifa, o especialista afirmou que o governo dos EUA deve monitorar os efeitos dessa medida nos próximos meses. Ele acredita que dificilmente os consumidores americanos consigam substituir os fornecedores estrangeiros no curto prazo.

Leonardo também analisou a tarifa com um olhar jurídico. Ele acredita que, do ponto de vista técnico, a taxação não será considerada ilegal nas transações comerciais internacionais. “Ela é uma medida protetiva. No entanto, o fato de ser específica para determinadas jurisdições pode gerar questionamentos”, explicou.

O advogado alertou para uma possível estratégia de empresas para escapar das tarifas. “Com essa medida, pode haver uma transferência de empresas brasileiras para produção nos Estados Unidos, como já acontece com empresas como a Gerdau”, ele comentou.

Por fim, Briganti sugeriu que as empresas brasileiras busquem diversificação de mercados para mitigar os impactos da tarifa. “É provável que vejamos um ajuste de margem no setor. Os produtores terão que explorar alternativas negociais”, concluiu.

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