Robinho alega que teve sexo casual com a jovem albanesa enquanto ela diz que foi estuprada por ele e mais cinco homens. Conforme o atleta, fotos mostram que a mulher não estava embriagada e que depoimentos dela são inconsistentes para a acusação. Além disso, o ex-atacante do Santos diz que a condenação decorre de uma postura racista da justiça italiana.

No vídeo, Robinho conta como teria sido a noite em que ocorreu o estupro pelo qual foi condenado na Itália. Ele diz que estava em uma boate de Milão com amigos e familiares e que, após a esposa ir embora, a mulher que o acusa teria se aproximado dele.

“O que as pessoas pensam é que quando eu tive um encontro com ela, ela estava desacordada, ela estava no chão, ela estava inconsciente, não foi nada disso, não foi nada disso, ela estava totalmente em pé, consciente, dançando, rindo, se divertindo como qualquer outra pessoa faz em uma discoteca num dia normal, não teve nada disso e as imagens mostram isso. O local tinha outras pessoas próximas, outras pessoas que poderiam ouvir se ela tivesse gritado, dito para, não, alguma coisa, isso nunca aconteceu. Como pode uma garota estar totalmente inconsciente, como pode uma garota estar totalmente embriagada como ela diz estar e minutos antes ela estava mandando mensagem dizendo que só se aproximaria quando a minha esposa não estivesse no local”, diz.

Em relação às mensagens de áudio utilizadas pela justiça italiana na condenação e que Robinho debocha do caso, segundo ele, naquele contexto, o brasileiro não conversava com pessoas confiáveis e que elas estariam tentando extorqui-lo.

A partir desta quarta-feira, a Corte Especial do STJ analisa o pedido de homologação da sentença que condenou, na Itália, o ex-jogador a nove anos de prisão por participar de um estupro coletivo em 2013. O país europeu pede que o ex-atacante cumpra a pena no Brasil. O caso será analisado por 15 ministros.

Conforme a advogada criminalista Paula Stoco de Oliveira, a sentença não será modificada, ou seja, nem o mérito e nem as provas estarão em análise e a tendência é que a Corte Especial aprove o cumprimento da pena no Brasil.

“Esse julgamento não vai reanalisar se ele é inocente ou não, não vai reavaliar nenhuma prova do procedimento na Itália. Serão analisados aspectos formais do processo. E se houver uma prova nova, caberia à defesa entrar com os procedimentos corretos, mas este não é o momento”, sustenta.