Principais pontos do projeto

O texto prevê princípios, regras e punições para o desenvolvimento e uso de sistemas de IA no Brasil. Entre os destaques estão:

– Responsabilização de empresas: O projeto permite que empresas sejam processadas judicialmente por danos causados pela IA.

– Supervisão e fiscalização: A fiscalização será conduzida pelo Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial (SIA), coordenado pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

– Princípios norteadores: A proposta inclui a proteção de grupos vulneráveis, integridade da informação, respeito à democracia e mecanismos de combate à discriminação.

–  Identificação de IA: Sistemas deverão exibir um símbolo que os identifique como ferramentas inumanas, facilitando o reconhecimento pelos usuários.

– Remuneração de direitos autorais: Desenvolvedoras de IA deverão pagar pelo uso de conteúdos de terceiros empregados em seus bancos de dados.

Antonielle explica que o esforço da comissão em construir um texto consensual, envolvendo tanto governistas quanto opositores, demonstra a relevância do tema e a necessidade de um diálogo amplo para abordar questões como direitos autorais, proteção contra discriminação e riscos associados à aplicação de sistemas de IA.

“Desafios como a implementação efetiva e a definição clara de critérios de risco continuarão exigindo esforços conjuntos entre legisladores, especialistas e a sociedade civil”, ressalta.

Próximos passos

Após aprovação no Senado, o projeto será enviado à Câmara dos Deputados. Caso não sofra alterações, seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A regulamentação visa estabelecer uma estrutura legal para acompanhar o avanço da IA no Brasil, garantindo segurança e transparência para usuários e desenvolvedores.

https://tecnologia.ig.com.br/2024-12-05/senado-aprova-projeto-para-regulamentacao-da-inteligencia-artificial-no-brasil.html