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Alta dos juros deve piorar quadro de recuperações judiciais no Brasil, avalia economista

13 de dezembro, 2024

Alta da Selic pode agravar pedidos de recuperação judicial no Brasil, aponta economista. Juros elevados dificultam renegociação de dívidas.

Por Redação

A nova alta na taxa Selic, anunciada nesta quarta-feira (11/12) pelo Banco Central, deve piorar o quadro de pedidos de recuperação judicial no país. A avaliação é do economista Luís Alberto de Paiva, especialista em reestruturação financeira de empresas e CEO da Corporate Consulting. A Selic subiu de 11,25% para 12,25% ao ano. Para o economista, essa alta cria um ambiente ainda mais desfavorável para a renegociação de dívidas pelas empresas, que já vêm enfrentando dificuldades nos últimos anos.

“O modelo de negócios no Brasil é caracterizado por um alto nível de alavancagem de curto prazo e marcado por juros altos. O quadro atual é preocupante, porque a rolagem dessas dívidas pelas empresas, nas atuais taxas básicas de juros, dificulta ainda mais as operações”, destaca. “Juros altos e inadimplência elevada reforçam o cenário desfavorável”, completa.

De acordo com levantamento da Serasa Experian, de janeiro a outubro deste ano, já foram registrados 1.899 pedidos de recuperação judicial no Brasil. Somente no mês de outubro, foram 223 pedidos – o que representou um aumento de 37,7% em comparação com o mesmo período de 2023. Entre janeiro e setembro deste ano, o número total de pedidos de recuperação foi 73% superior ao do mesmo período do ano passado, um recorde.

“A alta taxa de juros no Brasil tem levado os devedores praticamente a uma situação de insolvência”, destaca Paiva. “Os juros altos inviabilizam o fluxo de pagamento das famílias, o que aumenta a inadimplência e compromete severamente a saúde financeira das empresas”, completa.

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